Eu quero tanta coisa.
Um texto sobre a ânsia pela vida.
Ultimamente, eu ando com um medo muito grande da vida.
Medo de ser só isso.
Tenho medo de, daqui cinco, dez, quinze anos, eu continue sendo essa pessoa que imagina mil vidas dentro da própria mente, dentro do próprio quarto.
Que já visitou o mundo inteiro só olhando pela janela, mas que sente medo.
Muito medo.
Eu quero tanta coisa, sabe?
Quero ir em mais festas, quero ser menos ansiosa, quero me sentir menos triste.
Quero parar de achar abrigo na melancolia.
Quero me sentir feliz. Quero encontrar amor em mim.
Quero achar o meu lugar. Quero tentar ser feliz.
Só tentar já seria tanto pois eu não sei se existe felicidade, mas eu quero descobrir.
Quero me permitir.
Quero correr, pular, rir alto, viver sem vergonha do que eu sinto.
Quero ser autêntica.
Quero me ver dançando no meio da multidão, com pouca roupa, num carnaval do Rio de Janeiro, cercada de gente suada, cansada, mas viva.
Extremamente viva.
Ultimamente, eu ando com muito medo da vida.
E, ao mesmo tempo, com uma vontade muito grande de vivê-la.
É estranho isso. Contraditório. Mas é real.
Eu quero tanta coisa, e não tô falando de coisas materiais.
Eu quero dançar na chuva, ser espontânea, parar de pensar demais.
Tô cansada de ser tão ansiosa, de ser tão pensativa.
Eu quero esquecer do que eu sou, do que posso ou do que fui. Quero ser eu!
Tô cansada de viver só dentro da minha própria caixa.
Quero viajar, conhecer lugares, pessoas, falar outra língua, ter muitos amores, fazer muitas amizades, beber, dançar, me divertir, usar roupas que mostrem minha liberdade.
Quero fazer um piercing, várias tatuagens.
Quero trabalhar com algo que eu ame de verdade.
Quero me apaixonar pela vida. Várias vezes. Todos os dias.
Eu tenho medo da vida. Mas tenho mais medo ainda de não viver.
Tenho medo do amanhã.
Tenho medo do mês que vem.
Do ano que vem.
Mas, acima de tudo, tenho medo de nada acontecer.
Tenho medo da vida passar e eu não ter vivido.
Tô com saudade de me divertir.
Tô com saudade de amar.
Ultimamente eu ando muito sozinha, muito monótona, muito pensante, muito melancólica.
E eu tô cansada disso.
Eu quero me sentir feliz.
Tenho falta de me sentir feliz.
Quero que, no dia em que eu morrer, eu olhe pra trás e diga:
“Sim, eu vivi”
Oi, meu querido leitor.
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Obrigada por separar um tempo pra ler.
E uma ótima vida pra você! 🤎
Esse texto me pegou de um jeito profundo… Porque, nossa, que vontade bonita de viver você escreveu aqui.
Existe tanta coragem em admitir o medo, em dizer “eu quero”, em se reconhecer em meio à melancolia e ainda assim desejar a liberdade, o riso, o amor, a vida. É bonito demais ver esse contraste — esse medo e esse fogo juntos, se empurrando dentro do peito.
E sabe de uma coisa? Só de escrever tudo isso, você já começou. Já tá tentando. Já tá viva do jeito mais bonito: consciente de si, mesmo que em pedaços, mesmo que confusa, mas com uma sede gigante de sentir.
Desejo que você encontre essa felicidade leve, essa dança despreocupada, esse amor por você mesma. E que um dia, quando olhar pra trás, diga com toda certeza: sim, eu vivi. E vivi do meu jeito.
A maneira a qual vc sente e descreve é muito extraordinaria, parece que eu vi de longe um pouco de vc.